Meu filho é desatento ou precisa de ajuda? Descubra o que é normal e o que merece atenção!
- Dr. Thiago Alavarce
- 22 de jul.
- 4 min de leitura
Você já se perguntou se seu filho, ou mesmo um aluno seu, é realmente desatento — ou se há algo mais profundo acontecendo, como uma dificuldade de neurodesenvolvimento?
Essa é uma dúvida comum entre pais e professores, especialmente em tempos de excesso de estímulos digitais e métodos tradicionais de ensino que nem sempre acompanham o universo mágico e lúdico das crianças.
Neste artigo, vamos esclarecer isso com base na neurociência, na neuropedagogia (neurociência aplicada à aprendizagem) e na nossa experiência com reabilitação cognitiva infantil.
Atenção tem idade?
Antes de qualquer julgamento, é importante lembrar que a atenção de uma criança de 2 anos é muito diferente da de uma criança de 11 ou 12 anos. Por isso, comparar níveis de atenção sem levar em conta o desenvolvimento natural do cérebro pode gerar interpretações erradas.
Além disso, o cérebro humano, em qualquer idade, foca no que é interessante. Isso vale para adultos também. Se você não consegue prestar atenção em algo chato, como espera que uma criança se interesse por um conteúdo escolar sem graça ou descontextualizado da sua realidade emocional?
O cérebro infantil é lúdico
As crianças vivem em um universo cheio de imaginação, cores, emoções e movimento. Por isso, conteúdos didáticos que não se conectam com esse mundo têm pouquíssima chance de serem absorvidos.
Uma experiência pessoal ilustra bem isso: recentemente, recebi fotos de uma aula do meu filho Davi, que está prestes a completar 8 anos. A professora ensinou matemática com jogos! Isso mesmo. Com peças e dinâmicas divertidas, as crianças aprenderam sobre geometria, contagem e números. Resultado? Engajamento e aprendizado reais.
É isso que defendemos: ensinar sem tirar a criança do seu mundo mágico, mas aproveitando esse universo para gerar aprendizado significativo.
Distração não é sempre TDAH
Um dos maiores erros é diagnosticar impulsivamente uma criança com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), quando na verdade ela está apenas em um ambiente inadequado ou com uma rotina desequilibrada.
📌 Ambiente importa!Televisões ligadas, sons externos, celulares e falta de rotina são distrações naturais. Se isso acontece, talvez seu filho não tenha TDAH — talvez ele só seja uma criança curiosa, com um cérebro saudável e ativo, reagindo ao mundo ao seu redor.
Rotina: a base da atenção
Mesmo com uma boa escola e professores dedicados, a atenção das crianças pode estar prejudicada por fatores simples da rotina:
Sono desregulado: o ideal é dormir entre 9h e 10h da noite. O sono anterior à meia-noite é o mais restaurador para o cérebro.
Má alimentação: o cérebro da criança em desenvolvimento pode consumir até 40% da energia do corpo! Se ela não se alimenta bem, a atenção será afetada.
Falta de atividades físicas e mentais: o corpo precisa gastar energia para chegar à noite com sono de qualidade.
Esses detalhes fazem toda a diferença. Antes de pensar em medicação ou terapia, é preciso corrigir o básico.
E o celular? Um vilão silencioso
A tecnologia tem transformado o comportamento infantil. A criança que está habituada com vídeos rápidos, jogos imediatos e estímulos constantes aprende que tudo na vida deve ser rápido e recompensador.
Isso afeta diretamente o controle inibitório — uma função do lóbulo pré-frontal responsável por controlar impulsos, manter a calma e focar mesmo quando algo não é interessante.
📍 Faça o teste: seu filho consegue ficar sem fazer nada por alguns minutos? Se ele fica inquieto, ansioso ou procura estímulos o tempo todo, atenção! Pode ser que ele precise de treino cognitivo específico.
Reabilitação cognitiva divertida? Sim, é possível!
No Clube da Mente, usamos estratégias como:
Neurofeedback com robôs e jogos controlados pela mente
Oficinas com desafios lúdicos (robótica, culinária, mágicas, etc.)
Técnicas de atenção plena e mindfulness infantil
A criança aprende a focar, a relaxar, a ter autocontrole — tudo isso brincando. Porque acreditamos que a "terapia divertida" é o caminho mais eficaz para desenvolver a atenção de maneira saudável.
Cuide antes de medicar
Antes de pensar em remédios ou diagnósticos, cuide do básico:
✅ Ambiente adequado
✅ Alimentação equilibrada
✅ Sono regulado
✅ Redução do tempo de tela
✅ Estímulos cognitivos saudáveis
Só depois de tudo isso ajustado, é que realizamos uma avaliação neurocognitiva completa, para investigar se há realmente um distúrbio de neurodesenvolvimento.
Conclusão: Simplicidade que transforma
Às vezes, o segredo está no simples. Rotina bem estruturada, ensino atrativo, menos tela e mais movimento. A infância é um presente de Deus — e cuidar da mente das crianças é parte da nossa missão como pais e educadores.
✨ Que o seu lar seja um ambiente de paz, estrutura e amor, onde a criança possa crescer forte emocionalmente, cognitivamente e espiritualmente.
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Deus abençoe sua vida, sua família e a mente dos nossos pequenos!Dr. Thiago Alavarce – O Enfermeiro da Mente 🧠




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